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A RELIGIOSA

Desde pequena a vida da beata foi árdua, pois seus pais faleceram logo cedo e, uma vez analfabeta, ela trabalhava com artesanato, fiava algodões e fazia bonecas de pano para vender. Devido à orfandade passou a residir na casa do Pe. Cícero. Em 1885 começou a praticar hábito de Beata, tendo este título após um retiro espiritual administrado pelos padres Vicente Soter de Alencar e Cícero Romão Batista.

Vejamos como a beata se autodefine, na citação do livro “Maria de Araújo, a beata do Juazeiro”, de autoria de Maria do Carmo Pagan Forti:

 

Meu nome é Maria Magdalena do Espírito Santo de Araújo. Sou solteira e costureira. Não sei ler ou escrever. Estou ligada a Igreja desde a minha preparação para o sacramento da penitência e primeira eucaristia, aos nove anos de idade. Padre Cícero tem sido meu diretor espiritual desde então. Mais tarde, minha consagração a Deus foi feita de forma definitiva através de um consórcio espiritual, celebrado na capela do S.S. Sacramento, em presença de Maria Santíssima, de São José, coros de anjos, virgens, Jesus, chamando-me de esposa e confirmando-me como tal, exigiu que eu me consagrasse a ele de modo mais íntimo e anunciou-me que eu ainda sofreria muito por seu amor. 


 

Nos relatos da religiosa, mesmo sem pertencer a nenhuma congregação, percebe-se sua grande intimidade com Jesus e a Virgem Maria, chegando ela a afirmar que a seca de 1877 e 1879 foi-lhe avisada por ‘Nossa Senhora’. A Beata Maria de Araújo entregou sua alma a Deus em 17 de janeiro de 1914, sendo sepultada no dia seguinte, sob o traje do hábito da Ordem Terceira de São Francisco tendo uma multidão, inclusive o Pe. Cícero, em seu velório.

Entrevista com Daniel Walker


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