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Chamadas a tomarem a fila da comunhão, uma a uma, as mulheres se organizam em fila e vão se aproximando do altar. Maria de Araújo toma a frente, com os olhos fechados. Inclinando-se para receber a hóstia, ao tocá-la com a língua, percebe uma mudança na cor da sagrada partícula, que se transforma em sangue. A beata tenta contê-lo, mas o sangue desce sobre seus braços, escorrendo pelo chão da capela de Nossa Senhora das Dores. 

 

Conforme conta Edianne Nobre em sua Tese " Incêndio da Alma: A beata Maria de Araújo e a experiência mística no Brasil do Oitocentos", além da transformação da hóstia em sangue, também existiram boatos de que a beata produzia o líquido vital através de estigmas que se produziam em suas mãos, pés e testa, durante as incessantes comunhões das quais participava.

Conforme trecho da exposição circunstanciada feita pelo Pe. Cicero ao bispo de Fortaleza, Dom Joaquim José Vieira, em 1891, conhecido como o primeiro inquérito instituído, era a primeira sexta-feira do mês de março de mil oitocentos e oitenta e nove quando Maria de Araújo resolveu juntar-se a outras senhoras, em vigília de adoração ao Santíssimo Sacramento. 

O MILAGRE


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